domingo, 30 de outubro de 2011

Dragon ball ring blast 2

desta nova geração terem sido um desapontamento tendo em conta que na geração anterior até iam num bom caminho. Dragon Ball Raging Blast 2 está diferente do seu antecessor, Raging Blast. Para começar, a primeira coisa que nos salta à vista assim que jogamos ao jogo são os menus que estão bastante diferentes. Os menus fazem agora lembrar os menus de Tekken, estão mais fáceis de navegar para quem desconhece o jogo, mas afasta-se um pouco dos últimos jogos da série. Mas passando ao que Raging Blast 2 tem para oferecer.

Comecemos pelo Single Player, aqui irás encontrar um tutorial para aprenderes um pouco sobre o jogo. Também no modo de Single Player encontrarás um espaço para treinar, onde vais poder lutar com a personagem que quiseres e contra quem quiseres, vais poder lutar sem limites de tempo e sem teres que te preocupar com a tua vida. À medida que vais treinando, vais poder aumentar a dificuldade até ficares um grande jogador. Mas chega de combates de brincar, tens ainda o Battle Zone e Galaxy. Em Battle Zone terás uma espécie de sagas tal como nos anteriores jogos de Dragon Ball, mas poderás jogar com personagens diferentes. No fundo, as sagas acabam por ser um pouco falhadas, pois não representam com exactidão aquilo que se passou no anime. Galaxy será onde terás de completar desafios/missões que constam em derrotar adversários nas mais variadas dificuldades. Os desafios vão diferindo no número de adversários, dificuldade e até nos objectivos, em alguns ser-te-á pedido para descobrires quantos adversários iguais consegues derrotar num determinado espaço de tempo. O ponto negativo é o facto de teres missões para todas as personagens, o que torna o jogo bastante chato ao fim de algum tempo, pois precisas de gastar muito tempo até começares a desbloquear coisas que realmente interessem.


Falemos agora de Battle, temos três tipos de batalha (os já habituais), Single Battle, Team Battle e Power Battle. Single Battle, para quem ainda não chegou lá pelo nome, é onde podes combater um para um contra o PC ou contra um segundo jogador. Team Battle permite-te combater com uma equipa até 5 personagens do mundo de Goku. Power Battle é um Team Battle com a única diferença de cada personagem ter um custo e teres de formar a equipa não ultrapassando o custo por equipa definido previamente. Nada de novo por aqui.

Para aqueles que gostam de reviver os torneios de anime não se preocupem, pois isso continua incluído. World Tournament e Cell Games são os torneios presentes em Dragon Ball Raging Blast 2, ambos permitem desde quatro a dezasseis participantes com o máximo de 4 jogadores entre eles. As regras de selecção dos outros participantes são escolhidas por ti, podes escolher enfrentar apenas guerreiros de uma única saga, apenas guerreiros do espaço ou apenas androids, tu decides. Se preferirem testar as vossas capacidades contra outros jogadores através da internet ou afirmarem-se como um guerreiro de classe mundial, podem sempre recorrer ao modo online.


No modo de Battle Online, irão encontrar vários tipos de combate, Standard, Freestyle e World Tournament. Em todos os diferentes tipos de combate no modo online será possível escolher entre Ranked Match ou Player Match, sendo que em Ranked Match irás ganhando pontos para subir no ranking mundial. Em Standard disputarão combates onde escolhes as personagens , o local, ect, contudo aqui existe uma restrição. Ao seleccionares uma personagem alterada (costumized), os items não funcionarão, apenas terás a diferença dos ataques que colocaste na personagem. Para combater sem qualquer tipo de restrição vão ter à vossa disposição o tipo de combate Freestyle. Este tipo de combate é uma espécie de no limits, o único limite aqui será a tua capacidade para desbloqueares personagens. World Tournament irá possibilitar-te participar num torneio em online contra outros jogadores que estejam em qualquer parte do mundo, ou seja será literalmente um World Tournament. No modo online poderás ainda ver as tuas estatísticas online, o leaderboard e os combates online que fazes com os teus amigos.


Ultimate Costumize volta a marcar presença em Raging Blast 2 e tal como nos anteriores poderás mudar os ataques das tuas personagens ou até melhorar os seus atributos. Os melhoramentos são feitos através de “instalações” que vão ocupando espaço de progressão à tua personagem e uma vez atingidos os limites não poderás melhorar mais. Aqui acaba por não haver novidades mais uma vez.

Voltando às diferenças que podemos encontrar em Dragon Ball Raging Blast 2, essas podem ser encontradas no Museum. Museum é um local de extras, aqui podes verificar informações sobre as personagens, as músicas do jogo, repetições dos teus combates, ver imagens/cromos que vais desbloqueando ao longo do jogo e vídeos, incluindo um episódio de Dragon Ball.


Os loadings de Dragon Ball Raging Blast 2 mantêm-se interactivos mas agora em vez de coleccionares cápsulas que eram traduzidas por créditos, agora é te pedido que carregues nos botões que aparecem no ecrã pela ordem ditada pelo jogo. Esta mudança acaba por ter algum valor prático, pois sempre dá para treinar para os quick time events que encontras no jogo. Os quick time events são usados para dar boost aos nossos ataques, para ganhar a disputa de supremacia quando se troca de personagem em Team Battle e quando disparamos alguma técnica (como o Kamehameha) ao mesmo tempo que o adversário. Continuando a falar da jogabilidade, deixem-me dizer-vos que é um pouco frustrante e por vezes injusto para quem está momentaneamente por cima no combate. Quando tentamos fazer movimento que tire mais vida, o jogo pára o ataque da nossa personagem e dá hipótese ao adversário de passar ao ataque. É claro que é um exploit que pode ser aproveitado por ambos os lados, mas não deixa de ser frustrante.



O que também não é muito agradável é a tentativa de fazer um jogo de Dragon Ball com um aspecto tridimensional. Esta tentativa podia resultar bem, não fosse a iluminação das personagens a estragar tudo e a fazer notar algumas falhas, ou até as tentativas anteriores já terem demonstrado que retira um pouco a ligação com o anime que todos conhecemos. Mesmo assim acaba por não estar tão mal como outros anteriores, no aspecto tridimensional. Outra ponto que não posso deixar de assinalar é o ambiente/cenários, que neste Dragon Ball Raging Blast 2 sofreram algumas alterações. Os típicos montes e montanhas do anime, que intervinham no combate apenas para serem destruídos, estão diferentes e para pior. As cores estão diferentes do que nos habituámos a ver no anime, o que retira algum realismo ao mundo de Dragon Ball que é tentado reproduzir aqui.


Mas Dragon Ball Raging Blast 2 não tem apenas pontos negativos, o jogo tem ainda bons pormenores. Por exemplo, agora as personagens vão deitando sangue enquanto estão a sofrer dano, o que apesar de ser um exagero sempre dá uma noção do efeito que os socos têm na personagem. Efeito semelhante é também verificado à medida que a personagem vai perdendo vida, esta vai ganhando feridas e esfarrapando a roupa. O pó é outro dos aspectos interessantes em Dragon Ball Raging Blast 2, sempre que as personagens se deslocam perto do chão levantam um pouco de pó que até está realista se tivermos em conta que estamos a comparar com o anime. Noutra situação em que o pó merece lugar de destaque é depois de fazermos um super ataque (kamehamehas e coisas do género), depois do ataque atingir o teu adversário levantar-se-á uma nuvem de pó gigantesca tal como no anime, mas esta nuvem de pó acaba por falhar na medida em que tem um tom acastanhado quase bordô bastante discrepante do que assistimos na série.


Dragon Ball Raging Blast 2 tem uma banda sonora típica dos jogos Dragon Ball com uma música japonesa na intro e não só, esta música irá também aparecer durante os combates dando um feeling de ímpeto extra. Ainda assim estas músicas podem não ser tão nostálgicas por cá pois sempre nos habituámos às músicas em português e às traduções da Sic. Portanto não esperem ver nada de falas conhecidas como “Continuas chamando-me assim, Boo Boo.” ou “vá que a seguir vai dar o jornal da Sic!”.


Para finalizar, Dragon Ball Raging Blast 2 é um jogo que tem alguns pontos diferentes do anime o que pode desapontar alguns e acaba por ser um pouco frustrante, visto que tens que gastar muito tempo no jogo até desbloquear alguma coisa que valha a pena. Para os mais fãs do anime talvez seja um bom jogo, mas mesmo assim tenho dúvidas que esses tenham paciência para gastar tanto tempo a desbloquear personagens. Desculpem mas tenho de dizer, It's under 9000!



 



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